16 de junho de 2010

Queremos crescer?


A caminhada de crescimento pessoal e espiritual exige um autoconhecimento que resulte na aceitação e no amor de si para uma maior abertura à experiência do amor divino. Neste sentido, uma auto-estima razoavelmente positiva é caminho para uma maior integridade interior que possibilita uma comunhão profunda com o centro do nosso ser que é Deus e uma comunhão fraterna e solidária com as pessoas com quem convivemos. Podemos dizer que, ao trabalharmos nossa auto-estima, estamos num processo de maturidade que nos permite viver uma experiência de fé na qual cremos no amor gratuito e misericordioso de Deus por nós. Ao aceitarmos o nosso “eu”, a nossa “história” e a nossa “vida” com suas limitações, dramas, potencialidades e maravilhas, estamos preparando o chão de nossa existência para acolher a água cristalina do Espírito que nos encharca do amor do Pai derramado da fonte do Coração do Filho Salvador.


Seguindo o pensamento de Amadeo Cencini, em sua obra “Amarás o Senhor teu Deus”, podemos entender que há uma verdadeira psicologia do encontro com Deus: ao buscar a maturidade o ser humano busca a si mesmo e busca a Deus. Aqui há integração e unidade entre vida e fé. Esse caminho de crescimento unifica a pessoa dando-lhe consistência, fecundidade e capacidade para amar com autenticidade, integridade e plenitude a Deus e aos irmãos.


O ser humano à procura de seu eu


“Conhecer-se a si mesmo é uma necessidade e um dever do qual ninguém pode subtrair-se. O homem tem necessidade de saber quem é. Não pode viver, se não descobre que sentido tem sua vida. Arrisca-se a ser infeliz, se não reconhecer sua dignidade. Por isso, podemos dizer que estamos, cada dia, à procura de nosso eu. É uma busca contínua, embora às vezes inconsciente, muitas vezes difícil e aparentemente contraditória. Entretanto, nunca acaba..."


O ser humano à procura de seu Deus


“A pessoa, esse ser limitado por aspirações ilimitadas, é uma pessoa em contínua busca. Busca, primeiramente, a si mesma. E, se tem coragem de descobrir a própria identidade, percebe imediatamente a necessidade de estender para bem mais alto a sua busca..., para aquele Ser que é a origem de sua mesma identidade. É uma progressão natural que não só recompensa o seu esforço, mas que, depois, também enaltece sua dignidade: o homem pode pôr-se à procura de Deus!"


Pe. Gimesson Eduardo, SCJ

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